quarta-feira, 8 de abril de 2015

PONTOS OPOSTOS




Conflitos da mente
Quem é realmente
Alegrar-se com otimismo
Murmurar no pessimismo
Enfrentar a realidade
Perambulando pela cidade
Com eclipse ao meio dia,
Nem é noite, nem é dia
Trevas em pouca luz
O cego que lhe conduz

Culpa do coração partido
Inimigo atraído
Um beijo no rosto
Anunciando que o momento é posto
Hora da despedida
Nem imagina a alma traída
Enquanto sentia saudade
Outra maquinava a maldade
Egoísmo inconsequente
Consequência permanente

Morte anunciada
Nem assim sentia-se culpada
Estar sozinho é de melhor valia
Quando nem lhe fazia companhia
Porém a solidão é uma tortura
Desespero, angústia, amargura
Boca amarga querendo o doce sabor
Lábios que possam lhe dar o amor
Desejo sedutor e natural instinto
Voraz como animal faminto

Tudo poderia estar diferente
Se não fosse a conversa atraente
Língua enganosa em momento oportuno
Virando as costas, ficando sem rumo
Ferida aberta que não cicatriza
E a mente se martiriza
Culpa que não recebe o perdão
Transformando em depressão
Sorrir é apenas uma farsa
Chorar é um sentimento que não passa

Ainda cansado e desanimado
Carrega o peso deste fardo
Pensamento viaja distante
Sonhar, nem com implante
Já se foi a esperança
Só espera pelo futuro daquela criança
Que torne um homem de sucesso
Missão cumprida, acabou este processo
Resta o corpo ao pó voltar, a alma descansar
E o espírito ao céu retornar


Wagner Pires
in, Crônicas de Um Adnarilho

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