terça-feira, 13 de janeiro de 2015

SEIXAL




Pela manhã
A caminhar por um belo caminho
Flamingos em rosa pastel
Fazem sua refeição na baixa maré
Barquinhos atracados na areia barrenta
Velhos barquinhos
Coloridos, característicos sem igual
Apanhadores de ameijoas ganham seu sustento
Corredores mantém a forma ao redor da baía
Sigo em direção ao largo
Cidade histórica
Casarões e sobradinhos
Roupas nas janelas e nas calçadas
Ah, o Largo com a igreja matriz
Rafael junta-se aos putos a pularem
E as raparigas a brincarem
Esplanada lotada a lerem os jornais
Cafés amontoados
E lá está o tradicional Forno
Almoço de primeira, um espetáculo
Ementa de um grande vencedor
Lá ficou o meu bavaroise
Sobremesa depois do Bacalhau
Um carioca e vamos descansar
Dia frio com o sol imponente que não aquece
Mas embeleza, e como embeleza a tarde que vai caindo
Deixando feroz a maré do Tejo que vai subindo
Atingindo com violência o paredão
A respingar na avenida
Autocarro a chegar
A volta e rápida e não a caminhar
O dia foi longo e cansativo, trabalhoso e gratificante
Avisto o velho cacilheiro a direita
Pescadores nas muretas
Foi hora de partir
De partir o coração de saudade
Deixando estas lembranças
Que viram poemas dos bons momentos
Felizes tempos




 Wagner Pires 

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