quinta-feira, 15 de setembro de 2022

FERROLHO



Quem sou
Para onde fui, ou para onde vou
Quem se importou?
Talvez aquele que achou que se prejudicou
Porque não se beneficiou
Mas não se beneficiou porque apenas gritou
Bradou, blasfemou, ofendeu, xingou e não dialogou
Tudo à seu bel-prazer forjou
Arrogância, não se curvou
Agressivo, nunca esteve em meio campo analisando a jogada, sempre atacou

O outro, nem hesitou
De tanto que cutucou, cutucou
Que o prazo de validade expirou
Sua paciência se esgotou
Estufou o peito, o mundo enfrentou
As dificuldades encarou
Driblou e passou
Por fim, se exilou
Mas sua bandeira hasteou e ela tremulou
Triunfou

Em seu caráter, um decreto determinou e assinou
Para a sua memória emoldurou
Retornar, nunca cogitou
Pôs um fim, acabou
Do passado inglório nada sobrou
Nem mesmo aquela a quem lhe rejeitou
Esta, ele alijou
Nem a humilhou
Apenas a tensão em sua consciência abrandou
E, em seu definitivo repouso, hibernou


"Ninguém desprezs a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no esp[írito, na fé, na pureza. Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá." 1ª Timóteo 4:12-13


por Wagner Pires
in, Crônicas de Um Andarilho





Nenhum comentário: