imagem: https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Fupload.wikimedia.org%2Fwikipedia%2Fcommons%2Fthumb%2Fb%2Fbc%2FLangenbeck-Virchow-Haus-Berlin-Leeres-Auditorium.JPG%2F1024px-Langenbeck-Virchow-Haus-Berlin-Leeres-Auditorium.JPG&imgrefurl=https%3A%2F%2Fcommons.wikimedia.org%2Fwiki%2FFile%3ALangenbeck-Virchow-Haus-Berlin-Leeres-Auditorium.JPG&tbnid=Xzb-0oXJpduA9M&vet=12ahUKEwi3m4-LzsfyAhX1BNQKHfu9CC0QMygUegUIARDTAQ..i&docid=IpoZEYIPo_gbfM&w=1024&h=723&itg=1&q=leeres%20Haus&ved=2ahUKEwi3m4-LzsfyAhX1BNQKHfu9CC0QMygUegUIARDTAQ
Primeiro tiramos a Dilma.
Depois tira-se o convênio médico do orçamento,
Tira-se a criança da escola particular e do curso de inglês.
Tornou-se um avarento.
Tira-se o lazer, a academia, os restaurantes, o prazer de viver.
Enfim, tiram os direitos trabalhistas: FGTS, férias, folga, 13º...
Desemprego, aumenta o desespero.
O mundo vira um caos, pandemia, quem imaginaria.
Já não há mais o carro na garagem.
Já não há mais direito à viagem.
Confinado, tiraram a carne do cardápio,
Depois, tiraram até o prato.
Também, já não havia mais gás!
Somente galhos que servira para a lenha do fogão,
Para acender o lampião.
Retira toda a família da casa,
Dormem na praça.
Tiram o direito do padre de alimentar o faminto.
Todos os dias é um ataque feroz.
Quando tiraram a Dilma,
Planejavam tirar nossa voz.
Wagner Pires
in, Silêncio, O culto
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