quinta-feira, 30 de maio de 2024

MEMÓRIAS NEM SEMPRE MEMORÁVEIS

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E assim, num silêncio, vai terminando mais um dia, um feriado.
Amanhã retorna-se à rotina: voltam a preocupação, o cansativo trabalho, a correria e tantas outras obrigações.
Obrigado!
Sim obrigado. Forçado a levantar-me num horário que não desejo, de onde não gostaria de estar, para onde não quero ir. Minhas aflições.
Aflito, conto os dias num velho calendário pendurado na parede da cozinha e vou riscando cada dia que se passa até chegar ao dia estipulado, com tudo já planejado.
Pulsante em minha mente, num coração esperançoso, ficam as emoções.
Reflito neste restante. Tudo que será abandonado, deixado para trás, sem utilidade. Mas, jamais esquecido. Levarei pouca coisa que será despachado. Tudo embarcado.
Embarco neste sonho de maneira constante, tornando este discurso enfadonho. Transparecendo as minhas ilusões.
Porém, fica uma dúvida: até onde o corpo será capaz de acompanhar a mente? Já anda dando sinais de estar cansado, em seus sofrimentos, desconforto e dores. Está esgotado.
Desfolhando as folhas de um livro procuro aliviar esta tensão fortalecendo a mente. Pelo menos a mente. Enriquecendo de cultura, transportando-me para o cenário do enredo e dos personangens e sentir as vibrações.
Buscar um paralelo com o Roteiro de Uma Rotina e, o que não servir, descartar. Mas o bom, recria-lo, recicla-lo e transpor nestas Crônicas de Um Andarilho obstinado.
Afinal, nestes tempos obscuros de falta de informação as poucas que encontramos são más informações.
Então, sempre procuro regozijar-me em mim mesmo, com as tarefas do COTIDIANO. E, as responsabilidades devem me trazer ânimo, metas a serem alcançadas e supera-las. Para isso, tento estar sempre animado.
Rabiscando, escrevendo, descrevendo. Com palavras mal escritas, frases sem sentido, vão revelando a minha vida nestas minhas anotações.
Não me importo, pois ficarão os registros e, um dia talvez, por alguém, serei lembrado.




Wagner Pires
in, Crônicas de Um Andarilho

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