O mundo tem suas cores:
O azul confunde o céu e o mar
Como se ali no horizonte fosse o seu limite;
As espumantes ondas do mar são
brancas ao chegar à praia;
É verde quando o homem preserva a sua natureza;
É vermelho no fogo expelido do seu
interior através de seus vulcões,
Este fogo torna tido em cinza.
Encobrem as brancas nuvens.
Este mesmo cinza vemos nos céus
Das poluentes e grandes metrópoles.
Sentimos a paz e a alegria
Nas florestas tropicais ao ouvirmos
o som de pássaros
Azuis, amarelos, verdes, vermelhos, laranjas, pretos e brancos.
Animais da savana, dos desertos, do pantanal, das montanhas;
Infinidade de cores da natureza - incontável universo de cores.
Cores de todos os cantos da Terras, de cada nação.
Nações que só se distinguem apenas nas
cores de suas bandeiras.
As crianças brincam e rabiscam com
as cores,
Cores que inventadas pelo ser humano;
Para embelezar suas roupas, casas em suas arquiteturas,
Carros e incontáveis objetos.
E o mundo proporciona a cada dia
descobrir mais cores:
Nas telas, nos monitores, nos ecrãs.
Utilizadas nos esportes
Para distinguir e dividir os
torcedores.
Seja nos verdes dos estádios,
Seja no castanho ou alaranjado das
quadras,
Nas misturas de cores dos patrocinadores
dos esportes a motor.
Cores deste mundo que é uma bola.
Um ovalado círculo imperfeito,
Assim como o homem é imperfeito,
Cheio de defeitos.
Porém, temos que entender e aceitar
as diferenças.
Por isso o homem não tem cor,
O homem tem uma raça:
A raça humana.
Sendo o mundo uma bola que gira
Ao redor de uma Estrela em tons de
vermelho alaranjado,
Pintado de amarelo nos desenhos das crianças,
É pura ciência.
E nesta ciência, permite que ao Norte
A pele clara suporte a intensidade
desta luz
E crie olhos verdes e azuis,
Mas capacita e dá força
Ao negro suportar na própria pele este forte
calor.
Se cor é apenas Ciência,
Mera questão de Geografia,
Precisamos transformar a História,
Não para esquece-la,
Mas que ela tenha sido um aprendizado.
E assim, termos um presente mais consciente
E um futuro mais justo.
Que o COTIDIANO seja feito de encontros,
De respeito e partilha.
Onde as cores não separam,
Mas se misturam,
Se completam,
Se celebram.
Em solidariedade, serenidade, sobriedade.
Num mundo onde a única cor que realmente importa
É a cor da humanidade.
Wagner Pires
in, Crônicas de Um Andarilho
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