sábado, 29 de maio de 2010

INVERNO IN VERSO



É tarde,
O sol já vai se pondo.
Minhas pernas pesadas sobem cansadas,
Ouço somente o som de folhas mortas de outono.
Ficam as lembranças do inverno que ficou pouco distante.

É tarde.
Demais, talvez,
Neste momento de amargura.
Somente na espera e, esperar nesta aventura.
Afinal, esperança neste novo inverno que se aproxima.

É, Tarde!
Aqui nós dois
Aguardando o anoitecer chegar
Para enfim descansar e sonhar.
Você também me deixará invernando nesta minha solidão.

É tarde? 
Não para recomeçar,
Pois amanhã começará um outro dia.
Despertar e olhar com confiança e alegria.
Preservar-me no COTIDIANO e esquecer tantos outros invernos.


Wagner Pires
in, Crônicas de Um Andarilho